A primeira
parte deste texto diz respeito à Gestão de Dados regendo a “empresa lógica” com
o pensamento e a organização lógica dos dados sob o prisma de negócio. A
segunda parte traz um olhar mais técnico e prático. E ambas contém uma parte
processual, que demostra o caráter da gestão.
A missão desta
terceira parte é juntar os complementos e procurar entender como eles podem
trazer valor para dentro de uma organização.
Como foi dito
antes, gerir é administrar e organizar. Dados bem administrados podem gerar
informações capazes de formar cenários reais para que o administrador (seja
CEO, Diretor, Gerente ou líder) possa traçar estratégias de crescimento e
avanço da empresa no mercado. É como um mapa que descreve a localização de cada
região.
Imagine um
cenário no qual você está perdido numa floresta com um mapa nas mãos que não
reflete em nada a representação do lugar, composto por informações nulas ou
ainda sem sentido. O esforço para reconhecer o local e tentar decidir qual caminho
tomar, com certeza, será muito maior e mais cheio de incertezas.
O mesmo pode
ocorrer com uma empresa que se reconhece no mercado apenas parcialmente. Mesmo
que os diretores e gerentes tenham um bom conhecimento do negócio e mesmo que
eles consigam manter a posição no mercado, sempre vai ter déficit de
crescimento. Ainda pode ocorrer de um concorrente iniciar um processo de
expansão, afetando as operações das empresas daquele segmento.
O fato é que
nessa era, a grande maioria das empresas se interessa por utilizar suas informações
para medir ou alavancar o negócio, ou mesmo buscar uma forma de inovação e
traçar novos caminhos no mercado.
E a gestão de
dados tem esse ferramental para auxiliar. Mesmo que a base de dados de uma
empresa tenha já os seus dados mal tratados, existe sempre uma forma de se
fazer um estudo, redefinir aqueles dados perante o negócio (por mais volátil
que ele seja) e traçar um método de reorganização desses dados para que eles
possam passar a gerar valor.
Uma boa
pergunta a ser feita por um empresário é: “Qual o valor da minha informação?”.
Pode-se criar um método de medição do custo e o lucro da informação. Por
exemplo, podem ser criadas variáveis para medir o custo de captação e
armazenamento; o valor das transações na operação; o valor gerencial que a
informação retorna; etc.
Métricas podem
ser atribuídas e os dados podem passar a ter maior importância os olhos do
administrador. Com informação nas mãos, os custos mudam e oportunidades podem
ser aproveitadas trazendo rentabilidade. Pode-se também usar a informação para realizar
novos investimentos internos, capazes de aumentar a produção. A gama de ações é
enorme.
Hoje ainda
existe nas empresas certa negligência com o tratamento dos dados dos sistemas
legados. Legados foram sistemas que (na maioria das vezes) cresceram junto com
o core do negócio e,
consequentemente, receberam vários remendos para acompanhar a evolução ao longo
do tempo. Ainda existem práticas de mexer diretamente nos dados armazenados sem
critérios e sem noção do desmembramento no fluxo de informações gerado. E se
esse fluxo for manipulado para gerar cenários gerenciais, certamente não
estarão mostrando um cenário confiável.
Todo cuidado
ao se manipular dados operacionais é pouco. O melhor é que isso não seja feito
sem critérios. Modelos de dados são construídos dentro de visões de processos
de negócio. Qualquer alteração nos dados (uma só tabela que seja) pode mudar o registro
do contexto operacional do negócio e a empresa perde a referência do que foi
feito na operação naquele dado momento. Pode ser criada uma realidade paralela.
Existem
práticas e ferramentas capazes de fazer uma boa revolução nos dados ainda
mantendo-os em seu contexto real. E mesmo que não se queira gastar muito com
isso, existem profissionais capazes de auxiliar no planejamento de um mapa de
dados renovado e que passe a dar suporte para o negócio (e suas evoluções) sem
prejudicar o histórico de crescimento da empresa.
Esta era é uma
revolução na forma ver o mundo e, ao que tange à Gestão de Dados e Informações,
pode-se dizer que estamos só começando.